Adeus, havaí! Com WSL Finals, Brasil fecha pior ano desde 2017
Com apenas dois representantes na grande final, o país perdeu protagonismo na briga pelo título mundial
Apesar do brilho de Ítalo Ferreira e Tatiana Weston-Webb, queda na água fresca de Pipeline marca o pior desempenho brasileiro na elite do surfe desde 2017
Não foi dessa vez que o Brasil voltou a brilhar no Havaí. Com apenas dois representantes na grande final, na água fresca de Pipeline, o país fechou sua pior participação na elite do surfe desde 2017, quando também teve apenas dois surfistas — Gabriel Medina e Filipe Toledo — na decisão. Depois de um início avassalador, com nove brasileiros entre os 32 melhores do mundo, o desempenho caiu bastante no decorrer da temporada.
Mesmo com a sexta colocação de Ítalo Ferreira, um dos favoritos ao título, e o vice-campeonato de Tati Weston-Webb, a campanha brasileira ficou abaixo das expectativas. Além deles, apenas Samuel Pupo e Miguel Pupo conseguiram chegar até as quartas de final.
O último pódio brasileiro no Havaí havia sido em 2019, quando Medina e Filipinho ficaram com a prata e o bronze, respectivamente. Na ocasião, o Brasil também contou com seis atletas no top 10 do ranking mundial.
O desempenho abaixo do esperado em 2022 pode ser atribuído a uma série de fatores. Além da ausência de Medina, atual campeão mundial, que ficou de fora da reta final por lesão, o Brasil sofreu com a falta de consistência dos seus principais atletas.
- Ítalo Ferreira, que chegou a liderar o ranking durante boa parte da temporada, teve oscilações de desempenho e não conseguiu manter o ritmo até o fim.
- Filipe Toledo, que também era um dos favoritos ao título, sofreu com lesões e não conseguiu repetir as boas atuações do início do ano.
- Gabriel Medina, que estava invicto no Havaí, se lesionou na semifinal e acabou ficando de fora da grande final.
Além disso, a nova geração de surfistas brasileiros ainda não conseguiu se firmar entre a elite. Apenas Samuel Pupo e Miguel Pupo conseguiram chegar até as quartas de final, mas foram eliminados por adversários mais experientes.
O Brasil ainda é o país com mais representantes na elite do surfe, mas precisa rever sua estratégia para voltar a brigar pelo título mundial. A nova geração precisa ganhar mais experiência e os atletas mais experientes precisam manter a regularidade. Só assim o país voltará a dominar as ondas do Havaí.
Comments